Dentro da escola, a função de coordenador pedagógico nem sempre é bem
delimitada. Muitos acham que o profissional que exerce o cargo é um
auxiliar do diretor para as questões burocráticas. Outros acreditam que
cabe a ele resolver os problemas disciplinares dos alunos. E o
pedagógico que está na denominação do cargo quase sempre é esquecido.
Porém é essa palavra que define a tarefa do coordenador: fazer com que
os professores se aprimorem na prática de sala de aula para que os
alunos aprendam sempre. Para isso, ele só tem um caminho: realizar a
formação continuada dos docentes da escola.
A confusão sobre as
tarefas do coordenador - em muitas redes também chamado de orientador ou
supervisor pedagógico - está relacionada a concepções diferentes sobre a
maneira como ele se torna um bom profissional. Há quem acredite que
ensinar é uma vocação e, por isso, o "dom" nasceria com a pessoa. Outros
afirmam que ele aprende por tentativa e erro, acumulando experiências
de sala de aula. E ainda existem os que defendem que o domínio do "como
ensinar" vem da mera reprodução de roteiros prontos de aulas e de
atividades. A necessidade de haver formação continuada só surge quando o
professor é visto como um profissional que deve sempre aperfeiçoar sua
prática ao fazer um trabalho de reflexão sobre ela e tem contato com o
conhecimento didático. É aí que surge o papel de formador do coordenador
pedagógico, que se torna imprescindível para orientar esse processo.
Para
bem cumprir a função, ele deve estar sempre atualizado (o que significa
estudar muito) com as didáticas específicas - compostas dos saberes
sobre os conteúdos, da forma de ensinar cada um deles e da maneira como
as crianças aprendem.
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